domingo, 22 de janeiro de 2012

Cérebro dos otimistas rejeita pensamentos negativos

Os cientistas observaram que as pessoas otimistas tinham uma atividade maior no lobo frontal

por Sandra Damiani

Editora Globo
Pesquisadores da University College de Londres descobriram que o cérebro das pessoas sempre positivas dá preferência a tudo que reforça uma bela perspectiva do futuro.Em um experimento, os cientistas pediram a voluntários que apontassem a probabilidade de acontecer 80 diferentes situações negativas em suas vidas, como separação e doença grave, enquanto passavam por uma ressonância magnética.

Os cientistas observaram que as pessoas otimistas tinham uma atividade maior no lobo frontal (responsável por nossa capacidade de planejamento e estimativas) ao processarem notícias positivas. Diante das negativas, tiveram menor atividade nesta parte do cérebro, sugerindo que o órgão estaria escolhendo qual evidência levar em conta.

O estudo dá pistas do que leva algumas pessoas a manter uma previsão cor-de-rosa mesmo quando a realidade reforça o inverso. É como acreditar que seu time vai ganhar no próximo jogo mesmo depois de sucessivos fiascos. “O lado ruim de ser sempre positivo é subestimar riscos”, diz Tali Sharot, uma das autoras do estudo. Isso explicaria por que campanhas como as de combate ao fumo ou à Aids são, por vezes, ineficazes, alerta a neurocientista.

Pela internet é possível fazer cursos nas melhores universidades do mundo – sem sair de casa

Fazer pós-graduação ou um curso de especialização no exterior é o sonho de muitos brasileiros. Questões como vistos, a impossibilidade de deixar o trabalho ou a família no Brasil e as altas mensalidades de instituições prestigiadas, como Harvard e Oxford, tornam esse projeto inviável para a maioria. Percebendo essa dificuldade, as faculdades criaram opções para levar parte de sua excelência de ensino para outros cantos do mundo, por meio da internet. Muitos cursos são de graça, como os 16 que a Universidade Stanford, nos Estados Unidos, acaba de tornar disponível aos visitantes de seu site. No final do curso, há avaliações e pode-se receber um certificado. Outras universidades de renome têm investido pesado em seus programas de educação à distância pagos e cresce o número de especializações adaptadas para esse modelo virtual. Agora, por preços mais acessíveis, é possível aprender com professores de Berkeley e Harvard, nos EUA, e de Oxford, na Inglaterra. Mas, assim como aconteceria em cursos face a face, para encarar esses programas é preciso entender inglês.

O ensino à distância é uma tendência crescente no Brasil e no mundo. De acordo com o teórico de negócios americano Clayton Christensen, até 2017 metade das aulas do mundo será ministrada de forma remota. Segundo o último censo da Associação Brasileira de Ensino à Distância (Abed), em 2009 mais de 600 mil brasileiros faziam cursos desse tipo no ensino superior. A maior parte deles em universidades nacionais. Mas o número de alunos que fazem pós-graduação em instituições no exterior cresce. Parte da expansão dessa modalidade de ensino se deve às empresas, que têm investido na educação continuada por internet para seus funcionários. “Além de o custo ser menor, o profissional não precisa sair do país”, afirma Fredric Michael Litto, presidente da Abed.

A especialização numa universidade estrangeira ajuda a valorizar qualquer currículo. Além disso, aulas sobre temas específicos podem servir como base para um novo empreendimento ou uma área que o profissional deseja dominar melhor. O economista Daniel Avizu, de 32 anos, encontrou a resposta para muitas de suas dúvidas em tecnologia no site da Khan Academy, um portal de ensino à distância especializado em ciências exatas. “O último curso que fiz foi de reconhecimento da linguagem natural, um segmento da área de inteligência artificial que eu precisava dominar para o meu trabalho”, afirma.

Ele está inscrito para cursar de graça o programa de gestão de empresas de tecnologia, recém-criado pela universidade americana Stanford. Steven Blank, professor que montou esse curso, ensina empreendedorismo há sete anos para os alunos de engenharia da universidade. Ele já criou oito empresas de tecnologia no Vale do Silício. “Um profissional como esse não existe no Brasil”, diz Avizu, que é sócio de uma companhia de tecnologia de segurança, a ZoeMob.

Programas de graduação no exterior precisam ser validados pelo MEC. Essa regra nem sempre vale para cursos livres ou de extensão, como o que Avizu fará. “Em 80% das profissões, o que conta é o conhecimento adquirido e a credibilidade da universidade estrangeira”, afirma Fredric Litto. Antes de escolher o curso, é fundamental avaliar como ele foi estruturado. Na página da universidade deve constar a descrição da disciplina, o programa das aulas, o nome do professor responsável e informações sobre as formas de avaliação. Também é importante verificar se existem canais para o aluno tirar dúvidas e que tipo de recurso tecnológico é necessário para acompanhar o curso.

Por fim, o estudante deve analisar se ele tem o perfil necessário para participar de um programa de educação à distância. Sem organização, comprometimento com os prazos e motivação, as chances de desistir no meio do caminho são enormes. Na dúvida, é aconselhável tentar primeiro um curso de poucas semanas, de preferência gratuito.

Ensino à distância de primeira
Algumas das mais tradicionais instituições estrangeiras oferecem cursos em inglês de diversas áreas, com direito a tutoria, avaliação e certificado



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