segunda-feira, 21 de maio de 2012

Conheça os próximos personagens da CPI do Cachoeira

Lista de convocados pela comissão nesta quinta-feira atinge governos estaduais, Delta, família e braços empresariais de Carlinhos Cachoeira

Gabriel Castro
Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, durante reunião da comissão para analisar e votar requerimentos

Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, durante reunião da comissão para analisar e votar requerimentos (Wilson Dias/ABr)

A extensa lista de convocações aprovada nesta quinta-feira pelos parlamentares integrantes da CPI do Cachoeira inclui auxiliares diretos do contraventor, que chefiava a exploração de caça-níqueis em Goiás, além de laranjas que tiveram seus nomes utilizados em empresas da quadrilha, ex-assessores dos governos de Goiás e do Distrito Federal e nomes ligados à construtora Delta. Vão falar à CPI, ainda, os irmãos de Cachoeira e autoridades policiais corrompidas pela quadrilha.

Pelo cronograma atual, os depoimentos aprovados nesta quinta começariam apenas em junho, já que a agenda da CPI está cheia até o fim de maio. Mas o comando da Comissão Parlamentar de Inquérito cogita realizar sessões adicionais para adiantar o andamento dos trabalhos.

O depoimento do próprio Cachoeira está marcado para o dia 22 deste mês. Além dele, a CPI já havia convocado o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e sete integrantes da quadrilha: José Olímpio de Queiroga, Gleyb Ferreira da Cruz, Geovani Pereira da Silva, Wladimir Garcez e Lenine de Souza, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e Jairo Martins.

Até agora, a CPI ouviu apenas dois delegados da Polícia Federal responsáveis pelas investigações sobre Cachoeira.

Veja a lista completa dos novos convocados pela CPI:

Governo de Goiás
Ronald Christian Alves Bicca: ex-procurador-geral do governo de Goiás, caiu por ligação com a máfia
Edivaldo Cardoso de Paula: ex-diretor do Detran de Goiás. Demitiu-se por envolvimento com Cachoeira
Alexandre Baldy de Sant'anna Braga: secretário de Indústria e Comércio de Goiás, empresário e amigo de Cachoeira
Jayme Rincon: Presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), admitiu ter se encontrado com Cachoeira

Governo do Distrito Federal
Cláudio Monteiro: ex-chefe de gabinete de Agnelo.
João Carlos Feitoza, o Zunga, ex-subsecretário de Esporte, Teria recebido propina
Marcello de Oliveira Lopes: ex-assessor da Casa Militar e suposto elo entre Cachoeira e grupo do governador Agnelo Queiroz

Delta
Aluizio Alves de Souza: ex-diretor da Delta no Nordeste
Rodrigo Moral Dall Agnol: tesoureiro da Delta

Família
Sebastião de Almeida Ramos Júnior: irmão e sócio de Cachoeira
Marco Antonio Almeida Ramos: irmão de Cachoeira e responsável pela Bonni Alimentos
Paulo Almeida Ramos: irmão de Cachoeira e dono da Mapa Construtora, ligada ao bando
Leonardo Almeida Ramos: sobrinho de Cachoeira, teria participado da compra da casa do governador Marconi Perillo
Andrea Aprígio: Ex-mulher e laranja de Cachoeira

Comparsas de Cachoeira
Wladimir Garcez Henrique: ex-vereador ligado à quadrilha
Rosalvo Simprini: contador de Cachoeira
William Vitorino: sócio do grupo de Cachoeira na exploração de caça-níqueis
Arnaldo Rubio Júnior: explorador de caça-níqueis em Goiás
Rogério Diniz: auxiliar da quadrilha de Cachoeira
Wesley José Ferreira: doleiro responsável por remeter recursos da quadrilha ao exterior
André Teixeira Jorge: apontado como "office-boy" e laranja de Cachoeira

Polícia e Justiça
Joaquim Gomes Thomé Neto: ex-agente da Polícia Federal suspeito de monitar emails ilegalmente a serviço da quadrilha
Anderson Aguiar Drumond: funcionário da Polícia Federal suspeito de vazar informações à quadrilha
Fernando Byron: delegado da Polícia Federal corrompido pela quadrilha
Alex Sandro Klein: policial federal investigado por receber propina do bando de Cachoeira
Benedito Torres: promotor de Justiça e irmão do senador Demóstenes Torres, suspeito de envolvimento no caso
Alexandre Lourenço: delegado da Polícia Civil de Goiás que teria sido ameaçado pelo bando
Edemundo Dias: Diretor da Polícia Civil de Goiás, alvo de achaques de Cachoeira

Braços empresariais
Carlos Antonio Nogueira: diretor do jornal Estado de Goiás, que teria ligação com o bando
Rosely Pantoja: Sócia da Alberto e Pantoja, empresa ligada a Cachoeira
João Macedo de Miranda: sócio da Brava, empresa-fantasma ligada a Cachoeira
Roberto Coppola: sócio de Cachoeira na empresa Larami
Álvaro Ribeiro da Silva; sócio da Brava, empresa-fantasma ligada a Cachoeira
Marcelo Henrique Limírio Gonçalves: ex-dono do labotatório Neoquímica e sócio de Demóstenes Torres em faculdade
Edgardo Mendonça Guimarães: laranja da Bonni Alimentos, empresa controlada por Marco Antonio Almeida Ramos
Antonio Lorenzo: dono de empresa que teria recebido repasses de outra companhia ligada a Cachoeira
Walter Paulo Santiago: dono de faculdade em Goiás, era próximo a Cachoeira e ao governador Marconi Perillo.
Rossine Aires Guimarães: dono da Construtora Rio Tocantins
João Macedo de Miranda: um dos laranjas usados pela quadrilha para a controlar a empresa Brava
Edson Coelho dos Santos: suposto laranja da quadrilha na sociedade da Ideal Segurança
Marcelo Vieira da Silva: suposto laranja do grupo
Carlos Alberto de Lima: suposto laranja da quadrilha

Investigadores
Marcelo Ribeiro de Oliveira: procurador que atuou na operação Monte Carlo (não irá ao CPI devido ao sigilo funcional)
Daniel de Rezende Salgado: procurador que atuou na operação Monte Carlo (não irá à CPI devido ao sigilo funcional)
Léa Batista de Oliveira: procuradora que atuou na operação Monte Carlo (não irá à CPI devido ao sigilo funcional)

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