Milhares de pessoas se manifestaram nesta terça-feira em vários países neste 1o. de maio para celebrar o Dia do Trabalho ou protestar contra as políticas de austeridade realizada pelos governos.
Os manifestantes saíram às ruas de Madri para criticar os cortes sociais e a reforma trabalhista realizada pelo governo conservador espanhol
Exibindo uma enorme faixa com os dizeres "Querem acabar com tudo. Trabalho, dignidade, direitos", os trabalhadores percorreram o centro de Madri, da Praça de Netuno até a conhecida Porta do Sol, onde acontecerá um comício de líderes sindicais.
As centrais sindicais aproveitaram o Dia do Trabalho para dar um passo a mais em sua estratégia de mobilização contra a reforma trabalhista e os cortes principalmente na educação e saúde decretados pelo governo de Mariano Rajoy.
Na França, o segundo turno da eleição presidencial - que será disputado no domingo entre o presidente Nicolas Sarkozy e o socialista François Hollande - tomou conta nesta terça-feira do Dia do Trabalho com três manifestações distintas, em uma das quais a ultradireitista Marine Le Pen anunciou que votará em branco.
Na Rússia, o presidente eleito Vladimir Putin e o atual chefe de Estado Dmitri Medvedev participaram pela primeira vez em uma grande manifestação de 150.000 pessoas convocadas pelos sindicatos pró-governamentais em uma das principais artérias da capital.
O continente asiático, um dos mais dinâmicos do mundo, também festejou o dia 1o. de maio.
Na Indonésia, 9.000 pessoas saíram às ruas da capital Jacarta para reclamar aumentos de salários e a falta de segurança no emprego.
Quarto país mais povoado do mundo, com 240 milhões de habitantes, a Indonésia conhece um dos crescimentos mais elevados do mundo, com um índice anual superior aos 6% graças, em grande parte, a seus importantes recursos naturais.
No entanto, mais ou menos a metade da população está abaixo do nível internacional da pobreza enquanto o salário médio mensal dificilmente acompanha o custo de vida.
Nas Filipinas, 3.000 pessoas seguiram até o palácio presidencial em Manila exibindo retratos do presidente Benigno Aquino em que ele aparece como um cachorro sob as ordens dos capitalistas estrangeiros.
Em Hong Kong, 5.000 manifestantes pediram uma melhoria das aposentadorias, redução do tempo de trabalho semanal e um aumento da hora de trabalho.
Por outro lado, vinte mil tunisianos se manifestaram pelo emprego e unidade nacional na avenida Habib Burguiba, lugar emblemático da revolução na Tunísia.
"Pão, liberdade e dignidade nacional" e "Trabalho, liberdade, dignidade nacional" eram os principais lemas cantados pelos manifestantes.
Nos Estados Unidos, os membros do movimento "Occupy Wall Street" saíram às ruas de Nova York com a proposta de realizar uma greve geral nos Estados Unidos.
Pequenos grupos de manifestantes realizavam concentrações simultâneas diante de várias corporações em Manhattan, entre elas o prédio da Time-Life e McGraw Hill editores, no Rockefeller Center.
Outros tomaram como objetivo as sedes dos bancos Bank of America e HSBC, assim como a Disney e The New York Times. "Julguem os fraudadores" e "Trabalho já" eram alguns dos cartazes exibidos.
Por fim, presidente cubano Raúl Castro encabeçou o desfilo pelo Dia Internacional dos Trabalhadores em Hana, assistido por 1.900 convidados estrangeiros e centenas de milhares de cubanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário